Desde que as que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) anunciaram a libertação unilateral de 10 prisioneiros de guerra, o governo colombiano incrementou a ofensiva contra posições da guerrilha.
De acordo com dados oficiais divulgados pelo Ministério da Defesa colombiano, só nos últimos dez dias terão sido mortos 68 revolucionários, metade dos quais durante uma grande ofensiva na província de Meta.
Entre Janeiro e meados de Março, o regime colombiano diz ter abatido cerca de 150 guerrilheiros e feito mais de 260 prisioneiros.
O recrudescimento do conflito armado promovido pelo regime agora liderado por Juan Manuel Santos, ocorre justamente quando se aproximam as datas previstas para a libertação unilateral anunciada pelas FARC – 2 a 4 de Abril.
O processo será mediado pelo governo brasileiro, pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e pela organização Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP)
Entretanto, a CCP convidou a prémio Nobel da Paz, Rigoberta Menchú, e a presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomez, a participarem no intercâmbio, mas o executivo de Bogotá rejeitou tal pretensão temendo que o envolvimento de mais personalidades e organizações no processo abra caminho a outra exigência humanitária: a visita de organizações de defesa dos direitos humanos a todos os prisioneiros de guerra das FARC.
Paralelamente, em 17 das prisões do regime, está a ser cumprida por muitos membros das FARC uma greve de fome com o objectivo, entre outros, de forçar o governo da Colômbia a aceitar que a CCP visite os oito mil guerrilheiros encarcerados.